domingo, março 04, 2012

Tertúlia BD de Lisboa - 332º Encontro - Fevereiro 2012

Luís Rainha é, entre outras coisas, autor de BD. Isto numa área menos notória: escreve argumentos, ou seja, é argumentista de banda desenhada. Vai ser o Homenageado da Tertúlia BD de Lisboa, no seu 332º encontro mensal.

Falando dessa "ave rara" que é um argumentista: Qualquer apreciador de BD é inicialmente atraído para a compra de um álbum/livro pelo fascínio das imagens, ponto de partida para o interesse pela obra. Mais tarde, após a leitura, surge a opinião final: os desenhos são muito bons,o argumento é uma merda. E, muito provavelmente, o apreciador de BD não comprará mais nenhum volume daquela série. Donde a ilação: sendo o desenho o primeiro factor de interesse por uma peça de banda desenhada, vai ser o nível ficcional do argumento/guião o elemento que influenciará, em última análise, a decisão final do leitor/visionador. Daí que, muito embora os nomes dos argumentistas raramente atinjam nomeada (com pouco mais de uma dúzia de excepções bem conhecidas dos iniciados na BD). 

Luís Rainha, até mesmo em Portugal, é pouco conhecido como argumentista. No entanto, tem a seu crédito argumentos/guiões para várias bandas desenhadas de índole diversa, publicadas em álbum.
O seu parceiro habitual na área do desenho tem sido Jorge Mateus, sendo que ambos surgem a assinar "Os Putos de Hoje Não Sabem Nada do 25 de Abril" (2001), "Apocalípticos e Internados" (2007), "O Futuro Tem Cem Anos" (2008).

Já em 2012 escreveu o livro "18 Palavras Difíceis" que, caso não totalmente inédito mas muito invulgar, inclui uma banda desenhada de treze páginas, com desenhos de João Fazenda, sob argumento de Luís Rainha.
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A ilustrar o "post" está a capa do álbum "O Futuro Tem Cem Anos" e três páginas da banda desenhada, assim como a capa do álbum "Apocalípticos e Internados" e duas das suas bedês. 
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LUÍS RAINHA

Biobibliografia

Luís Rainha é publicitário, sendo hoje director criativo da agência Laranja Mecânica.

Estudou primeiro engenharia civil e depois licenciou-se em sociologia. Em 1997 e 1998, foi co-autor do programa da SIC “Filhos da Nação”. Ao longo dos anos, colaborou com diversos blogues: “5 Dias”, “Aspirina B”, “Vias de Facto”,  “Blogue de Esquerda”.

O seu trabalho no universo da BD e da animação fez-se, enquanto autor e editor,
sobretudo em parceria com o desenhador Jorge Mateus.
Primeiro na revista “Super Jovem”, da Disney, com as aventuras do Raffa, com o seu “Diário de um Radical”.

Depois, surgiu a colaboração com o jornal “Já!”, com uma tira de sátira política, os “Manicomics”. Após o fecho deste semanário, a tira ressuscitaria, até assistir ao fecho de mais um jornal. Muito deste trabalho a acabou coligido no livro “Apocalípticos e Internados”, da editora Má Criação.

Esta editora, de que Luis Rainha foi gerente, editou ainda as colectâneas “Sempre!”, reunindo histórias publicadas pelo “Público” para comemorar o 25.º aniversário da Revolução dos Cravos, e “Dias Eléctricos” – dois títulos que congregaram autores como Nuno Saraiva, João Fazenda, Jorge Mateus, Daniel Lima, André Carrilho, Susana Carvalhinhos, entre outros. Este último livro contou exclusivamente com argumentos de Luis Rainha.

Já em 2001 tinha organizado, sempre com Jorge Mateus, a edição do livro “Os Putos de Agora Não sabem Nada do 25 de Abril”, da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal. Escreveu o guião do filme de animação "Dez Contos", produzido com apoio do ICAM e realizado por Jorge Mateus. Coordenou editorialmente e escreveu as ficções do livro ilustrado “Noites de Lisboa”, em 2001. Lançou, sob pseudónimos, as obras de ficção “Últimas Palavras” (contos, com ilustrações de J. M.) e “O Último Segredo de Fátima” (romance).

Em 2008, surgiu o álbum de BD “O Futuro tem 100 Anos”, inserido nas comemorações do centésimo aniversário da implantação da CUF no Barreiro. Os desenhos, inevitavelmente, ficaram a cargo de Jorge Mateus.

Já em 2012, lançou o livro de contos “18 Palavras Difíceis”, editado pela Tinta da China; este título, menção honrosa no último Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, inclui uma história de BD, desenhada por João Fazenda. Algo que, pelo menos em Portugal, configura uma coabitação inédita...

Luís Miguel de Castro Rainha Moura, 19 de Julho de 1962, Figueira da Foz.
                                                                                                          Geraldes Lino
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"Tertulianos" presentes neste 332º Encontro da Tertúlia BD de Lisboa.
Listagem elaborada "a posteriori".

1. Adelina Menaia
2. Alexandra Fernandes
3. Álvaro
4. Ana Marques
5. Ana Saúde
6. Ana Velez
7. André Fidalgo
8. André Oliveira
9. Carlos Páscoa
10. Catarina Costa
11. Cristina Amaral
12. Diana Valente
13. Falcato
14. Geraldes Lino
15. Helder Jotta
16. Inês Ramos
17. Joana Andrade
18. João Amaral
19. João Baptista
20. João Figueiredo
21. J. Mascarenhas
22. João Sequeira - JAS
23. José Lopes
24. Luís Rainha - Homenageado
25. Machado-Dias
26. Manuel Valente
27. Miguel Peres
28. Nuno Amado "Bongop"
29. Nuno Duarte "Outro Nuno"
30. Nuno Marques
31. Nuno "Nico" Leitão
32. Pedro Bouça "Hunter"
33. Rechena "Zarzanga"
34. Rui Domingues
35. Sílvia Ribeiro
36. Simões dos Santos
37. Sónia Rodrigues
38. Spínola Rodrigues
39. Tiago Albuquerque
40. Vanessa Machado
41. Vasco Câmara Pestana
42. Viçoso, Isabel
43. Vítor Hugo Nascimento
44. Victor de Jesus

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Os visitantes interessados em ver as anteriores postagens poderão fazê-lo clicando no item Tertúlia BD de Lisboa, incluído em rodapé
      

2 comentários:

Jorge Machado Dias disse...

Bem, eu também estive presente, embora tenha saído cedo deste Encontro. OK, Geraldes Lino considerou que faço parte da mobília, mesmo quando não estou lá, eh, eh...

Geraldes Lino disse...

Peço desculpa do lapso, Machado-Dias. Deve ter sido por teres saído cedo que não me lembrei de incluir o teu nome na lista dos participantes.
Fizeste bem em chamar-me a atenção, vou já corrigir.
Grande abraço.