quarta-feira, agosto 02, 2006

Carlos Roque, autor português de banda desenhada, 1936-2006

Carlos Roque (1936-2006)
Fotografia gentilmente cedida pela sua viúva, a argumentista belga Monique Santos Roque

Carlos Roque (Carlos Santos Roque), autor português de Banda Desenhada, nascido em Lisboa a 12 de Abril de 1936, faleceu no passado mês de Julho, dia 27, num hospital de Lovaina, Bélgica, devido a problemas respiratórios. O funeral realiza-se dia 3 de Agosto, em Bruxelas.
Capa do álbum, cartonado (editado em 1963) "O Cruzeiro do Caranguejo", com o extenso e divertido subtítulo "Uma aventurosa volta ao mundo com o avô Cachucho , o Zé Carapau e o cão Mexilhão"

Carlos Roque iniciou-se na Banda Desenhada na revista Camarada - 2ª série, 1959, com a bd "O Cruzeiro do Caranguejo", que viria a ser editada em álbum no ano de 1963.
Prancha inicial da banda desenhada "O Cruzeiro do Caranguejo"

Radicado na Bélgica desde 1964, Carlos Roque prestou alguma colaboração à revista Tintin (edição belga, obviamente), mas a sua actividade mais prolongada teve por base a revista Spirou.
Sob argumento de sua mulher, Monique, fez vários episódios curtos, autoconclusivos, com o pato "Wladimyr". Pela qualidade da série foi-lhe atribuído o Prémio Saint-Michel em 1976.

Episódio da série "Wladimyr", publicado na revista Selecções BD nº 31 (2ª série) - Maio 2001

Muito mais haveria a dizer acerca da produção bedística de Carlos Roque. Por conseguinte, estas notas são, antes de mais nada, uma chamada de atenção ao nosso pequeno mundo bedéfilo, numa tentativa de evitar que passe despercebido o falecimento deste autor português. Mas são também singela homenagem a um amigo que desaparece.

2 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente não tive o prazer de conhecer Carlos Roque.
Foi sempre um autor que me cativou pelo seu excelente traço, dentro da linha humorística. Estava, aliás, na lista de possíveis homenageados em futuras edições do Moura BD (talvez numa edição dedicada ao humor).
O seu desaparecimento deixa muito mais pobre a nossa BD.
Que descanse em paz.

Anónimo disse...

Vamos ficando mais pobres.
Resta-nos evocar a memória dos que nos souberam dar algo.